Dançar, dançar, dançar... basta querer, é só começar! A dança é considerada
uma das primeiras formas de expressão artística da humanidade. Evidências dessa
relação precoce são as pinturas de dançarinos em paredes de cavernas na África e
no sul da Europa. Estima-se que essas ilustrações pré-históricas datam de mais
de 20 mil anos. Na pré-história,
dançava-se pela vida e sobrevivência. Com o passar dos milênios, a humanidade
evoluiu e a dança obteve características sagradas, incluindo gestos místicos em
rituais. Na Grécia, a dança ajudava nas lutas e na conquista da perfeição do
corpo, enquanto que na Idade Média se tornou profana, ressurgindo no
Renascimento. A dança tem história e essa história acompanha a evolução das
artes visuais, da música e do teatro.
Dança Primitiva
A
dança nasceu integrada às práticas mágicas do homem. No entanto, com o
desenvolvimento da civilização, o rito separou-se da dança.
Na dança primitiva, o homem dançava pela
sobrevivência, para a natureza em busca de mais alimentos, água e também em
forma de agradecimento.
Danças Milenares
Egito: a dança no antigo Egito era ritualística e tinha características sagradas. Dançava-se para os Deuses, em casamentos e funerais.
Grécia: os vários deuses gregos eram cultuados de diferentes maneiras. As danças também preparavam fisicamente os guerreiros e sempre eram feitas em grupos.
Idade Média: nesse período todos os movimentos
artísticos em geral sofreram um retrocesso. A dança foi considerada profana,
porém continuou sendo praticada pelos camponeses.
Renascimento: a dança ressurge, é apreciada pela nobreza e adquire um
aspecto social, tornando-se mais complexa. Surgem estudos específicos feitos
por pessoas e grupos organizados, originando o balé. O uso do termo balé, na época balleto, significava um conjunto de ritmos e passos. O século XVII é
considerado o grande século do balé, saindo dos salões e transferindo-se para
os palcos, surgindo, assim, os espetáculos de dança.
A partir do século XVIII, o drama-balé-pantomima é
executado nos palcos dos teatros por verdadeiros profissionais de ambos os
sexos. A dança adquire todo o seu esplendor, com ricos e belos cenários e
figurinos. O balé passa a contar uma história com começo, meio e fim.
Romantismo: o termo Romantismo é absorvido pelo balé que, até aquela
época, falava de histórias de fadas, bruxas e feiticeiras. É no século XVIII que
os bailarinos começam a usar sapatilhas, completando a revolução do balé.
Na segunda metade do século XIX, Isadora Duncan novamente
iria revolucionar toda a dança, provocando uma imensa renovação com uma dança
mais livre, mais solta, mais ligada à vida real.
Dança
Moderna
A dança moderna é uma negação da formalidade
do balé. Os bailarinos trabalham mais livres, porém não rompem completamente
com a estrutura do balé clássico. Os movimentos corporais são muito mais
explorados e solos de improvisação são bastante frequentes. Martha Grahan e Nijinski são os
grandes revolucionários da dança dessa época. Serge Pavlovitch Diaglhilev, ou
Nijinski, russo, mesmo não sendo um dançarino, criou condições míticas para a
dança. Nos Estados Unidos, Marta Grahan criou na década de cinquenta uma nova
maneira de dançar independente da música, baseando-se principalmente nos
sentimentos que qualquer som pode provocar, abrindo espaço para todas as
possibilidades da dança.
Dança
Contemporânea
A arte contemporânea é complicada de se compreender. Por quê? É algo que não é previsível, é o novo, é a ruptura com aquilo que conhecemos como arte. Na dança, a contemporaneidade fica mais evidente, pois ela deixa de ter uma estrutura clara, preocupando-se mais com a transmissão de conceitos, ideias e sentimentos do que com a estética. A dança contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte, finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir, desenvolvendo uma linguagem própria. Os movimentos rompem com os movimentos clássicos e os movimentos da dança moderna, além da modificação do espaço, usando não só o palco como local de referência. A dança contemporânea é uma explosão de movimentos e criações, o bailarino escreve no tempo e no espaço conforme surgem e ressurgem ideias e emoções. Os temas são diversificados, abertos e refletem a sociedade e a cultura nas quais estamos inseridos, pressupondo o diálogo entre o dançarino e o público numa interação entre sujeitos comunicativos. O corpo é mais livre, pois é dotado de maior autonomia. A dança contemporânea é uma circulação de energia: ora explosiva, ora recolhida. Como livre expressão corporal das questões humanas, a dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, portanto todos podem praticá-la.
Referencial Teórico
- História da Dança <http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=102>
- Origem e Evolução da Daça através do Tempo <http://companhiaterraviva.blogspot.com.br/2011/10/origem-e-evolucao-da-danca-atraves-do.html>
- História da Dança <http://histdanca.blogspot.com.br/2012/08/dancas-primitivas.html>
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